quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Com Plexo de Alice...

"Alice: Chapeleiro, você me acha louca?
Chapeleiro: Louca, louquinha ! Mas vou te contar um segredo:
as melhores pessoas são."
 "Existe um lugar como nenhum outro na Terra
Dizem que para sobreviver é preciso ser tão maluco quanto um chapeleiro
Que por sorte, eu sou".
Sou apaixonada pelo Chapeleiro Maluco...
Completamente!
Desde sempre...
Quando era criança, obviamente, eu não alcançava todas as angústias e ilações dele, mas ele sempre me fascinou...
Alice no País das Maravilhas tem a beleza de apresentar dois livros em um só texto: um para crianças e outro para adultos...
O Chapeleiro é diferente de todos!
E, principalmente, ama ser diferente...
Autêntico! Logo se vê o que ele está sentindo ou pensando...
É objetivo!
Se existe mesmo essa coisa de "alma gêmea", o Chapeleiro é a minha!
 "Isso é impossível!"... "Só se você acreditar que é!"
Coragem! Impetuosidade! Esperança!
Risos, risos e mais risos!
Sem medo de ser ou parecer ridículo!
"Que dia fabuloso!"
O Chapeleiro é a personificação da lógica do absurdo...
"Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?" "Eu não tenho a mínima idéia!"
E não importa mesmo qual seja a resposta certa... não existem respostas certas...
E em algum momento precisaremos usar nossa espada vorpal pra enfrentar o Jaguadarte... Seja ele quem for...
"Não pode viver a vida só para agradar os outros.
A escolha tem que ser sua.
Porque quando você for enfrentar aquela criatura, terá que ir sozinha..."
E sim, pensar em 6 coisas impossíveis antes do café da manhã te faz acreditar que a única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível!
E sim, "minha querida! Que isto lhe sirva de lição: nunca perca a sua calma!"
E sim, "Esse sonho é meu! Eu decidirei daqui em diante." 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Assim seja!

"A maturidade vai te ensinar a olhar a vida com menos ilusão, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade e querer com mais vontade".



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"Soul" música!





No ano em que nasci minha mãe resolveu, por mim, que eu iria ser pianista...
Em atenção a esta resolução, um piano foi comprado... Não qualquer piano, um autêntico Fritz Dobbert...
Pobre menina rica...
Fadada a ter aulas de piano durante anos e anos com uma senhorinha que batia com a régua na mão a cada nota ou andamento errado...
Anos e anos tentando boicotar a senhorinha que, diga-se de passagem, embora não tivesse a didática da coisa, criou uns setecentos filhos e netos músicos e me ensinou a cantar (sim, cantei em algum momento da minha vida, inclusive para o Presidente da República) até conseguir convencer o pai de que não tinha talento para a coisa, muito menos dom...
As aulas cessaram... Não sem uma enorme resistência, alguns chiliques e inúmeras ameaças vindos da minha mãe...
Não é que eu não gostasse de música... Não é que eu não gostasse de piano... É que nunca na vida suportei fazer nada por obrigação... Sempre foi mais forte que eu... E eu me levantaria contra qualquer obrigatoriedade, mesmo que isso resultasse em parar de fazer algo que eu gostasse...
Sim, eu gostava... Me dava enorme prazer fechar os olhos e ME OUVIR...
Saber que aquelas notinhas soltas tinham virado algo concreto... e que estavam vindo de mim...
Durante toda minha adolescência acordei e dormi ouvindo música...
Fui expulsa de sala incontáveis vezes por acabar, sem querer, "puxando" um recital no meio da aula, com direito a batuques de lapiseira e efeitos sonoros de BIC quatro cores...
Cada acontecimento da minha vida logo recebia uma trilha sonora... É assim até hoje, confesso! Sou um ser musical...
Enfim, quando minha mãe desistiu e achou que o piano tinha sido o maior prejuízo da vida, pedi para voltar a fazer aulas...
Não mais com senhorinhas, mas com alguém jovem, moderno, que conseguisse entender minhas "tendências" musicais, ou seja, alguém que não me fizesse tocar Jesus Alegria dos Homens milhares de vezes...
Achamos a professora!
Dava aulas em casa, novinha, linda... Sabe aquela pessoa que você olha e fala: quero ser assim quando crescer?!
Lá fui eu, com todo o material pedido embaixo do braço...
Primeira música que me mandou tocar: Jesus Alegria dos Homens!
Quanta tristeza...
Fiz biquinho, perguntei se era piada...
Ela entendeu e mudamos o rumo da prosa...
Vamos tocar coisas novas! MPB, Bossa Nova... Desde que você também toque Schubert, Chopin e seus amiguinhos...
Trato feito!
Nos demos muito bem!
E passados alguns anos, ela resolveu parar de dar aula...
E agora, José?!
Fui para uma "academia" de piano! Lá tinha que fazer aula teórica, prática, de canto e de solfejo...
Eu, no auge da minha adolescência, tinha que cantar sozinha na frente das pessoas...
Aquilo não tinha como dar certo... 
Eu era envergonhada até dizer chega, mas não deixaria cair minha máscara de descolada... Ninguém diria que eu era tímida, naquela época...
E deu certo!
Até que me enchi de novo e parei tudo! 
Fazer aulas significava, para a minha mãe, que eu tinha que tocar para todo e qualquer elemento que entrasse na minha casa, como se a criatura, realmente, quisesse me ouvir tocar...
Virou obrigação de novo...
Parei!
Cresci...
Tocava só quando tinha vontade... Ou sempre que meu pai pedia...
Hoje só toco quando estou sozinha... Ninguém ouvindo, embora sempre perceba duas cabecinhas espreitando do corredor... Finjo que não vejo a prole ouvindo escondida e eles juram que se escondem super bem...
É nosso segredo...
Semana passada João Pedro deixou escapar que contou para a professora que a mãe é PIANISTA!
PIANISTA!
Nunca fui...
Mas saber que ele tem orgulho de me ouvir tocar foi uma delícia!
Voltei a sentir o prazer que sentia quando mais nova, um enorme prazer ao ME OUVIR...
Voltei a me sentir feita de uma enorme mistura de notas, compassos, pausas e contratempos...
Porque a vida é assim...
Especialmente a minha, que "soul" música...




sexta-feira, 4 de outubro de 2013

30, sim!

Dia desses recebi um texto sobre as mulheres de 30...
Não sei se caiu como uma luva para todas, mas me fez pensar bastante na minha vida...
Realmente, aos 30 estou MUITO melhor que aos 20...
Já fiz taaaaaanta coisa...
Formei, arrumei bons empregos, casei, tive filhos, separei...
Não vivo hoje o que achei que viveria aos 32 quando eu tinha 20, se é que me entendem...
Quando eu tinha 20 anos achava que uma mulher com 30 anos estava acabada, destruída, fim de carreira...
Ainda bem que eu tava errada... Erradíssima, aliás...
Hoje, aos 32, sei um bocado de coisas que não sabia aos 20, o que me dá, sim, pontos extras na vida...
Além de já saber o que quero ser quando crescer, posso garantir que já estou, pelo menos, na metade do caminho...
Hoje como frutas e verduras porque eu gosto, não porque tá na moda...
Me visto como eu quero... Se bem que aos 20 eu também me vestia...
Não tenho medo nenhum de parecer ridícula... Faço o que me der na veneta! Libertador!
Sei que posso me apaixonar loucamente e a recíproca não tem que ser verdadeira... E isso não me deixa largada na cama em posição fetal esperando o mundo acabar...
Apesar dos quilos a mais, sou muuuuito mais leve!
Continuo esquentadinha, mas é muito difícil alguém conseguir acabar com meu dia...
Enfim...
Só posso desejar que minha vida aos 40 seja ainda melhor...
E que meus 20 anos tenham servido pra me mostrar que, por mais expectativa que tenhamos, a vida sempre dá um jeito de surpreender...
Pra melhor, claro!
Só na última meia hora...
Cadê o foco, gente?!
Tanta coisa pra fazer, mas a cabeça só vai para o que não posso resolver... Ainda...

"Ainda tenho tantas coisas pra te dizer
E saber.
Você que sempre me ganha
Antes de me perder
Me faz ver."